24.10.01

Sevilhana

Tem o rosto das moças andaluzas.
É morena na pele, nos cabelos,
E sabe desenhar virando os olhos
Um véu que esconde trinta mil mistérios.

Um quê da Arábia e um outro quê de Espanha,
Como se um dia, o Islã e o Cristianismo
Criassem juntos uma fé diversa
Cujo templo eu devesse construir.

Se houvesse castanholas nessas mãos,
A percussão flamenga dos destinos
Marcaria o compasso do meu rumo.

Mas não há nada além de um só fascínio
Que Sevilha inspirou a tantas almas
E, por acaso, eu encontrei no Rio.

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