Soneto dos três personagens
Para J.P. Cuenca e Carlos Jazzmo
São três caras comuns ali sentados.
Personagens de livros diferentes,
Heróis – de tantas páginas pungentes,
Vilões – de crimes não premeditados.
Naquela mesa estão sendo julgados
Das histórias os rumos aparentes
Que os autores vêm dando, inconseqüentes,
Aos passos desses três biografados.
São romances distantes dos desfechos
Reconhecendo-se por muitos trechos
Como cópias de essência parecida.
São três caras comuns tão semelhantes,
Amigos como nunca foram antes,
Se abraçando nos plágios dessa vida.
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