1.10.01

Soneto dos três personagens

Para J.P. Cuenca e Carlos Jazzmo

São três caras comuns ali sentados.
Personagens de livros diferentes,
Heróis – de tantas páginas pungentes,
Vilões – de crimes não premeditados.

Naquela mesa estão sendo julgados
Das histórias os rumos aparentes
Que os autores vêm dando, inconseqüentes,
Aos passos desses três biografados.

São romances distantes dos desfechos
Reconhecendo-se por muitos trechos
Como cópias de essência parecida.

São três caras comuns tão semelhantes,
Amigos como nunca foram antes,
Se abraçando nos plágios dessa vida.

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