Réquiem para 12 rosas
As rosas que mandei, sei que morreram,
Pois é o destino vil de toda rosa.
Nenhuma pôde em vida ser vaidosa;
Tão logo abriram, cedo faleceram.
As doze mensageiras se perderam
Na missão já sabida desastrosa.
Levaram um cartão, em simples prosa,
Cumpriram seu dever e feneceram.
Era preciso que elas fossem vê-la
Para que eu desaguasse esses amores
Tão represados no pensar em tê-la
Sem poder, arruinando-me nas dores,
Culpas de rosas mortas por querê-la
E um amor que não vale doze flores.
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