18.10.12

Sobre a Lua que se separou de nós



Cientistas de Harvard sugerem que o satélite foi arrancado da Terra num acidente de sorte





Dois cientistas ligados à Universidade de Harvard apresentaram uma novo modelo a respeito do canto que habitamos no espaço. O material foi publicado na última quarta-feira pela revista “Science”, uma das mais prestigiosas da área e atesta, segundo Sarah Stewart e Matija Cuk, como a Lua se formou a partir de material terrestre.


A astronomia já considerava a hipótese de que o satélite natural teria se formado a partir de uma colisão gigantesca com outro corpo celeste. Essa colisão “arrancou” um pedaço do planeta, que passou a orbitar em torno de nós. 

A partir de um novo modelo, Stewart e Cuk demonstraram como foi possível que Lua e Terra tenham o mesmo "material genético" uma vez que ambas dividem a mesma composição química usada por cientistas para “identificar” grupos semelhantes de planetas e meteoritos. 


E é aí que surge o mais interessante desse magnífico acidente do trânsito galáctico.


O modelo apresentado pelos cientistas indica que a Terra girava em torno de si mesma numa velocidade frenética: na era pré-Lua, um dia duraria não mais do que três horas. Pensando proporcionalmente, uma noite naqueles ensaios de planeta talvez não chegasse nem a 60 minutos – o que considero mais do que suficiente. As noites sem lua, como sabemos, perdem muito em termos de atrativos, além de não sensibilizarem as mulheres da maneira mais inspiradora. 


Por sorte, a imensa colisão que nos arrancou  o embrião da Lua freou a Terra, colaborando para que tivéssemos estas 24 parcas horas, nas quais tentamos conciliar trabalho, lazer e descanso, com mais ou menos sucesso. 


E com a gentileza que acompanha os melhores imprevistos, surge uma bem-vinda Noite: um conceito tão único que é livre de sinônimos e um espaço no tempo que refletiria toda essa escuridão que estávamos condenados a experimentar como espécie. 


Desde o medo infantil ao ambiente propício para sonhos e amores, à luz daquela parte de nós que vela de longe as dúvidas que temos sobre a origem disso tudo.








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